Show de Inauguração do Coletivo Caixa d'Água

No último sábado, dia 16 de abril, aconteceu o show de inauguração do Coletivo Caixa d'Água, no Red Rock Pub, Ceilândia. Cinco bandas se apresentaram e a coisa saiu melhor do que a encomenda. Muito foda mesmo! Quem foi, se divertiu bastante; e quem não foi, fica ligado que outros showzinhos iguais a esse ainda vão acontecer aqui na Ceilândia.



Diretamente do Gama, a Risco 33 deu início aos trabalhos da noite. O som deles, vou tentar resumir, pode ser uma pancada pra te deixar meio tonto, com frases que tratam de violência e dor... Mas, de repente, te leva a pensar, como é o que faz a bela Erros. Daí, em seguida, quebra tudo de novo, da forma mais direta possível.

Logo depois vieram os Canibais, adeptos inconfundíveis do velho e bom punk rock. No fim da noite, eu estava lá fora conversando com o guitarrista dos Canibais, o Sopão. Se não me engano, ele falava algo sobre estar pouco se fudendo pra técnica e coisa e tal. Pra ele, o objetivo mesmo é tocar no show junto com o resto da banda de forma que faça sentido, e não destoe muito. Eu achei isso bem interessante. E o show dos Canibais foi isso mesmo: punk rock sem frescura.

 No fim da noite, lá pelas 23h e tantos, acho, os caras da Beer and Mess, seguidos pelos malucos da DF147, fizeram muita bagunça – desculpem o trocadilho tosco – no espaço apertado, mas aconchegante, do Red Rock. A essa altura já tava rolando roda punk e até mosh... Pois é, tou dizendo que foi foda.


Os temas da DF147, com seu hardcore ligeiro, e da Beer and Mess, são propícios a tais práticas pelo público. Eles tratam em suas músicas, por exemplo, de beber cerveja até cair e de mulheres... Ótimo! Aliás, a Beer and Mess lançou recentemente um single que tá aí pra download, vai lá! A essa altura o Red Rock estava lotado e já tinha chegado quase todo mundo.

Os caras da Enema Noise, de Brasília, encerraram nossa primeira noite de rock em Ceilândia. Sempre guiados por uma bateria vigorosa, riffs de guitarra e contra-baixo que acompanham na mesma força expressiva, e um vocalista que, sei lá, fica ligado na energia, o Enema Noise fez uma apresentação elétrica! Como não poderia deixar de ser. Toda vez que vejo Enema Noise penso que se eu fosse de dançar, eu até dançaria. Bem, como tem gente que não se reprime, no finalzinho, no cover de I Wanna Be Your Dog, do Iggy Pop, um sujeito que estava na plateia, pegou o microfone e cantou. Fez uma performance muito... err, original. Eu achei do caralho!

A noite toda foi foda demais. Muito obrigado a todas as bandas e a galera que compareceu. Até o próximo!

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A cada show vai ter uma especie de resenha como essa. Vou procurar não falar de estilos musicais e taxar o que vi. Até porque isso aqui é um Coletivo que visa promover o rock autoral. Seja lá quais forem suas influências, se dizes que é rock, então é rock, e esse é o nosso único interesse! Seja lá qual for o estilo! Nada de tratar isso aqui como religião, tipo igreja dos crentes, dos católicos, sinagoga, mesquita, templo... Vamos, lá, tudo quanto é roqueiro unidos por mais rock.

Como diz a letra daquela bela canção do Tiro Williams: “Aqui vamos nós, andando e tropeçando. Procurando algo pra comemorar. Sempre um tanto embriagados. Mas mesmo assim de bar em bar”.



Texto por:
Tiago Moreno
@tiagomoreno

Não deixem de conferir as fotos e os videos! Prometemos melhor qualidade da próxima.
E logo teremos novidades.