Caros leitores do Caixa d'Água, no sábado, dia 21 de maio, porteiramos o show do Matanza em Brasília, e prestigiamos mais uma edição da festa Bloco Sonoro, que marcou o retorno da Bloco Cultural. Clica no link de mais informação e confira comigo no replay...
Em uma reunião de porta de show, estávamos concentrados do lado de fora, a poucos passos do portão de entrada – e eu a R$ 45,00 do ingresso para mais um show do Matanza em Brasília. Já fui em alguns, mas dessa vez a grana tava curta. Ainda bem. Pelo que já vi, deve ter sido um tipo de sauna com dois mil homens por 10 mulheres de corpos espetaculares – sedentas por exibicionismo – espremidos em um espaço de 300 metros².
Sempre vão vários amigos, mas dessa vez nem todos compareceram como de costume. Havia um Dreher. Intragáveis três dedos que sobraram de um outro dia. Bem, o clima não estava agradável.
Vi filas até pra mijar no mato, além de muita gente cantando as músicas em rodinhas. O Matanza já é uma espécie de culto para alguns, uma realidade, um compromisso, uma dívida. Ok. Estou velho demais para isso!
Senti um clima de 'traidor do movimento' quando meu advogado e eu, agarrados à dívida de representar o Coletivo Caixa d’Água em um outro evento, contamos que não ficaríamos para o, err... grande show.
O fato é que ao mesmo tempo, no Clube da Asceb, na 904 Sul, estava rolando mais uma edição da festa Bloco Sonoro, organizada pelos compadres do Bloco Cultural. Os caras da Bloco mandaram muito bem na organização e o som estava ótimo. O lugar escolhido também é muito bom, mas não recomendável a bêbados. Tem umas piscininhas e um portões convidativos demais.
A noite de shows começou depois da 0h, com a banda Os Triturados Pelo Coração. O som deles respeita e representa muito bem esse belo nome exagerado. Eu estava lá curtindo o show, achando um negócio meio anos 1960, legal as roupas e instrumentos -- essa deve ser a proposta, pensei... Mas esses caras têm algo mais. Se você é um ser humano normal e já se apaixonou pelo menos uma vez na vida, ouça "Minha Memória Olfativa não me Deixa te Esquecer" e se identifique. Simples assim. Um rock de amor-exagerado é bem mais forte do que a marca de um carimbo.
Em seguida avançamos cinco décadas de rock em apenas dois goles de cerveja. Trocaram os instrumentos, ajustaram aqui e ali, e a Johnny Flirt, mais moderninha, subiu ao palco. O quarteto tem as manhas de tratar em suas letras de Brasília, de suas ruas e da juventude da cidade que faz curvas nas tesourinhas. Até aí normal, não é novidade, né?! Mas eles fazem isso sem aquele velho ranço de 'belo céu de Brasília tou trancado numa ilha etc'. São divertidos e o som é hipnótico.
Daí veio o power-trio Rebel Shot Party. Essa é a outra banda do Marcelo Melo, o cara que é, simplesmente, o melhor baterista da cidade. Não, eu não vi/ouvi em ação todos os bateras da cidade, mas esse cara é muito foda mesmo. Se bem que na Rebel Shot Party não tem nenhum novato. Como eles mesmos dizem no MySpace, já estão na cena de Brasília há muito tempo. Eu não sei como chama o rock que eles tocam, deve ter um nome, tudo tem um nome. Só digo que respeito e agradeço demais a simplicidade com que chegaram aos meus ouvidos naquela noite de sábado! Vocal feminino, depois vocal masculino, daí em uma música teve os dois ao mesmo tempo, tudo isso com riffs imponentes e uma batera frenética. Aí eu fiquei com vontade de gritar: "A estrada é o meu lar, Até a gente se encontrar".
E com vergonha digo que vou ficar devendo a apresentação da Electrodomesticks. Cheguei a ver a montagem do palco, mas como estava de carona não pude ficar e ver o show. Uma pena, está faltando bandas compostas exclusivamente por meninas. Essas gurias mandam bem, pelo que já li e ouvi, elas respeitam o palco e se pintam como se fossem à guerra. No próximo eu vou ficar até o final e ainda escreverei uma ode às garotas roqueiras... Ok, o texto já devia ter acabado. Abraços. Até a vista.
Texto por:
Tago Moreno
porra... culpa minha se tu nao viu electrodomesticks!!! lendo isso, parece q matanza foi ruim uahahauahuahauahaauahaua
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