sábado, 25 de junho de 2011

2º Show promovido pelo Coletivo Caixa d'Água: por quantos dias um show fica na memória?

No sábado, dia 4 de junho, o Coletivo Caixa d'Água saiu mais uma vez de casa de amigo em casa de amigo, passou pelo Estúdio China e em seguida descarregou tudo o que arrecadou no Red Rock Pub; bateria, amplificadores de baixo e de guitarras, pedestais, microfones, mesa de som, extensões, jujubas... E no local se juntaram pessoas famintas por rock, que logo atraíram outras que passavam pela Via Leste da Ceilândia a procura de uma cerveja gelada... Ah, era Taty o nome dela, para vocês aí que pegaram e não lembram.

Começando a noite de shows, a Segura o Carroceiro chegou chutando tudo. A intenção dos caras parece ser tocar rock e não deixar ninguém sentado. A gente até tirou algumas mesas do bar para dar espaço para o vocalista que não poupa energia e usa todo o espaço disponível em suas performances. Além de ter o nome mais legal da cena, o som da Segura o Carroceiro se destaca por ser de fácil e rápida assimilação: soa um groove e quem ouve logo bate o pé no mesmo ritmo e associa a um bluesrock. Classe!

Então a DF147 plugou seus instrumentos, trocou as ferragens da batera e começou sua bela barulheira apressada. Quem não gosta de barulho bom sujeito não é!

A Biônicos chegou meio como quem não quer nada. Ficaram num canto do bar, com cara de quem não está à vontade nesse tipo de ambiente. Não demorou muito para essa observação feita a primeira vista se mostrar um grande engano! O palco de um pub é exatamente o lugar para o som desses caras. Ali, na deles, com o vocal dividido em algumas musicas entre o baixista e o guitarrista, os caras fizeram um ótimo show. E ainda mostraram simpatia com um fã do saudoso Fofão... Ou será Forfun, tsc?!

Em seguida, a Risco 33 mostrou grade evolução desde a ultima vez que a ouvi. Já tava tarde, então sai para comer alguma coisa na lanchonete em frente. Aproveitei para testar o som, ou seja, verificar se o barulho era alto o suficiente para ser ouvido pela vizinhança. Assim pude notar que os caras da Risco estavam realmente afim de tocar. De longe ouvi o vocal berrando suas letras com a força de quem quer ser ouvido porque acredita no que diz.

A Selenita foi a primeira banda a chegar e a última a tocar. Eles vieram lá do Jardim Ingá e trouxeram um bando de fãs fiéis que pularam, beberam adoidado e até tuitaram durante os shows. Muito massa. Infelizmente teve um problema com o som, justo na última banda. Mas logo foi resolvido e a trupe Selenita mostrou a que veio: tocar rock e beber cerveja. Respeitável.



O mais legal de tudo é ver a galera que comparece e valoriza esse tipo de evento, mesmo assustados de vir até a Ceilândia. Ir até uma padaria, na esquina, fazer um lanche, pode ser assustador. Eu sei que há o velho ranço da violência -- e é violento mesmo. Mas as bandas e familiares, amigos, namoradas ou pessoas que buscam algo novo e acreditam no sonho de cada um, além de agradecer, só queria deixar bem claro que essa bagaça toda é de vocês. Até o próximo!


Texto por:
Tiago Moreno 
@tiagomoreno

Não deixem de conferir as fotos

Um comentário:

  1. Relembrar faz bem. Ler esse post é como voltar no passado e reviver essa bagaça que foi do caralho!!!!

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