terça-feira, 5 de julho de 2011

Impressões do Convida 2011

Ontem de última hora fui ao show de encerramento do festival Móveis convida no centro comunitário na UnB. Cada ano que eu vou eu noto novidades bacanas e dessa vez rolou um espaço bem maior com dois palcos e a boa organização de sempre. E o pessoal do Móveis sempre andando de um lado pro outro divididos entre trabalho e atenção aos fãs.

Cheguei já no finalzinho do show do Fernando Anitelli, vocal do Teatro Mágico. Pelo pouquíssimo que ouvi reconheci suas falas marcantes entre uma música e outra, mas dessa vez menos circense e filosófico e sem cara pintada. Claro essa noite a proposta era outra.

Logo em seguida, sem pausa pra descanso, começaram as meninas da ElectroDomesticks no outro palco dentro da tenda. Finalmente pude presenciar um show delas, estava curioso. E quem chega sem conhecer e dá de cara com o palco todo colorido, luzes variando entre azul-rosa-amarelo-vermelho, meninas arrumadinhas e pintadas, pode se perguntar: estou num ambiente exclusivamente feminino? Gay? E elas respondem com rock! Sem rótulos, sem exclusividade de público. Todas muito à vontade em seus “eletrodomésticos” musicais e não deixam barato pra nenhum marmanjo. Lugar de mulher é no rock!

Foto: Pedro França
Depois do show ainda conversei com a vocalista Kameni, simpática, agradecida e humilde. Essas meninas vão longe.

Eu me lembro do som do Dancing Mood, banda argentina, que preencheu o lugar com aquele clima reggae-ska. Realmente o som faz jus ao nome da banda. Uma amiga estava extremamente feliz e dançante ao som deles. ;)

Foto: Karina Santiago
Então chegou a hora que muita gente, incluindo eu, aguardava. Como o próprio locutor disse: “A Beyoncé do Pará”. Gaby Amarantos. Ela trouxe o tecnobrega de seu estado sem ligar pro que iam dizer os fãs mais extremistas do chamado rock. Vou transcrever uma de suas frases: “Obrigada a todos que estão curtindo o meu som e mandando o preconceito pra puta que pariu!”. Não é um festival de música? Música não é liberdade de expressão? Então foi exatamente o que ela veio a Brasília mostrar. Eu pessoalmente não gosto do estilo, mas gosto não é algo a ser discutido nem aqui nem em qualquer espaço aberto à música. Nunca foi, nem nunca poderá ser.

Ah sim! Ainda tem o show do Móveis! Aquela banda com muitos caras felizes e inquietos em cima do palco. Começaram o show lá por volta de meia noite, com músicas de seu primeiro disco Idem (2005), fazendo o que eles e o público mais gostam: botando todo mundo pra pular.

Os shows deles em Brasília sempre tem um espírito especial de dever cumprido em casa. E sempre a responsabilidade de trazer algo novo. Então eles mudam a ordem das músicas, tocam uma música nova e pronto: a nova fórmula pra aquela noite foi formada.

Foto: Pedro França
No final a pergunta: “Vocês estão cansados??” e o publico responde frenético: “Nãããão!”. Vou ficando por aqui então nessa energia de show de axé. Há!

Fico devendo então os shows que rolaram antes:
Scalene (DF);
Gloom (GO);
Brown-ha (DF);
Nevilton (PR).

Texto por:
André Noronha 
@aluizn

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