Tiago Moreno
Promovida pelo Coletivo Caixa d'Água no dia 16 de julho, no Gama, a comemoração do Dia Mundial do Rock, o primeiro "Trincheira do Rock: do hardcore ao metal, até onde você aguenta?", nos fez lembrar das sábias palavras daquele ancião abandonado chamado Orkut: “O pessimismo nunca ganhou nenhuma batalha”. Não sabíamos o que esperar de um show em uma cidade diferente e com um espaço e proporções maiores do que estamos acostumados...


A essa altura os CD's destinados aos cinquenta primeiros a chegar já haviam sido distribuídos, superado as expectativas mais pessimistas e realistas que havíamos traçado, caso tudo desse errado. Se você não foi um dos 50 primeiros, pode baixar aqui a versão digital, com duas músicas de cada banda. Foram arrecadados cerca de 55 quilos de alimentos, que foram repassados à Administração Regional do Gama.
Então as bandas com membros do Caixa d'Água: DF147 e a Risco 33, bem a vontade, porque estavam tocando em casa, fizeram suas apresentações. Quando acabou o show da DF147, o batera chegou lá na bilheteria –nossa trincheira particular-- meio cego das luzes. A parada dessa vez foi maior: luz, som, fumaça e público.
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Agora, depois do peso, metal e hardcore, era a vez de... Mais pauleira: o rock moderninho, ou será alternativo, do Enema Noise? Bem, não sou bobo o bastante para definir o que é peso, e aqui não é lugar de apelidar bandas. Veja você mesmo e preste bem atenção ao conjunto de distorção e microfonia que os caras buscam alcançar. Em meio a fumaça, a galera lotou o espaço interno do Galpãozinho para curtir o show do Enema.
Por ultimo, a banda local Bruto que vai tocar no Festival Porão do Rock 2011, finalizou a noite com uma PORRADA SONORA. O Bruto tem a proposta de falar das mazelas sociais e políticas de uma forma agressiva, e faz isso muito bem.
Muita gente mesmo!
"Lembrando que quem ta dentro pode sair, e quem tá lá fora pode entrar, sair, ficar, trazer uma cerveja pra mim."
Bem, agora vamos devagar, porque má interpretação de texto pode ser triste, às vezes. Já falamos de agressividade, de religião etc. Só queria deixar claro que esse foi o maior evento dos que o Caixa d'Água já promoveu, talvez por essa razão tenha ocorrido as duas particularidades que vou citar agora:
Dois ou três jovens vestindo camisas regatas de suas irmãs mais novas, acharam R$ 3,00 muita grana para entrar, enrolaram, mas por fim entraram. Caminharam pelo salão, procurando confusão. Não acharam, felizmente. A ideia não é essa, jovens, caso vocês estejam lendo isso aqui. Se querem brigar, vão a um lugar em que não impeçam a gente de organizar outro show...
Em segundo lugar, como é comum em shows de rock, e não poderia ser diferente no Gama, as pessoas ficam do lado de fora, reunidas, conversando. Isso é natural e é para isso que carimbamos toscamente o braço de todos que entram -- no Trincheira deu tanta gente que o pessoal que conhece o lugar até comentou que há muito tempo não rolava tanto roqueiro reunido por aquelas bandas. Porém, galera, é assim, apenas ficando do lado de fora e deixando de entrar nos shows, que os espaços para shows de roque vão ficando cada vez mais escassos, e por consequência, os shows também vão rareando.
De resto, só temos o que agradecer. Às bandas e a quem compareceu e prestigiou o evento, muito obrigado e até a próxima.
Veja mais fotos.
Parabéns pelo post show foi loko! curti pacas a arte das fotos do evento e do CD \m/, esses "rockeiros" que vão só procurar briga, são os idiotas que estraga a cena, que já e tão fraca, já tem tão pouco e ainda aparecem esses inutéis. pow que brigar vai em show de axé caralho!.
ResponderExcluirviva ao rock \m/